quarta-feira, 18 de julho de 2007

Silêncio, por favor


A tristeza que estou sentindo hoje é diferente. Só lembro de ter sentido algo assim parecido naquele 11 de setembro. É uma vontade de chorar que não se realiza, não se transforma em lágrimas. É um anestésico que invade o sangue e faz com que todos os problemas do cotidiano, que às vezes pensamos que são os maiores do mundo, tornem-se insignificantes.
Ontem fiquei vendo as imagens de Congonhas em canais abertos e fechados. Hoje ouvi o rádio, vi a capa dos jornais, algumas notícias na internet e na televisão novamente. Como todo mundo, eu não sei o que causou o acidente. Apenas tenho minhas opiniões sobre o que não aconteceu. Acredito que não aconteceu derrapagem, nem deslizamento e que ranhuras estão faltando é em determinada parte do corpo de certos jornalistas. De todo modo, posso estar errado e a resposta não virá amanhã e nem depois de amanhã. Virá daqui a alguns meses, como é o padrão nesse casos.
Depois de um parágrafo com o coração e outro com o fígado, preciso desembarcar desse trem sem freio chamado mídia. Preciso me aquietar. Silêncio, por favor.

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