segunda-feira, 29 de outubro de 2007

No "O" ou no "U" ?

Onde será que o pessoal da Agência Estado defende o acento ? No "O" ou no "U" ?

terça-feira, 23 de outubro de 2007

O ovo do Frankenstein



Eis que descubro mais um profeta do terceiro mandato (olha o blog aí gente). É o Carlos Chagas, comentarista do SBT, que eu não vejo, e da Rádio Joven Pan, que eu não escuto. Mas, as suas pérolas estão lá no Blog dos Blogs.
A primeira está com o tenebroso título de "O ovo da serpente":

Brasília (ALO) - Se faltava uma evidência de que o terceiro mandato segue seu curso, apesar dos desmentidos, basta atentar para a relação dos presidenciáveis divulgada na pesquisa CNT-Sensus, desta semana. José Serra, com 12,8%, Geraldo Alckmin, com 11,6% e Aécio Neves, com 9,8%, somam 34,2%. São todos tucanos. Nem é preciso computar Fernando Henrique Cardoso, com 4,7%, para se ter a evidência de que, do jeito que as coisas vão, o PSDB volta ao palácio do Planalto. E ainda surge Heloísa Helena, do Psol, também da oposição, com 6,1%. Dos governistas, só Ciro Gomes emerge, com 9,4%, mas com a dificuldade de não ser aceito pelo PT. Quanto aos companheiros, o máximo onde chegam é 2,2%, com Marta Suplicy. Aos formuladores da consulta CNT-Census faltou coragem para incluir o nome do presidente Lula na lista. Porque, isoladamente, em outra pergunta, o terceiro mandato conquistou 57,4%...

A evidência é o terceiro mandato ou a volta do PSDB ao Planalto ? Quanto a incluir Lula na pesquisa, já comentei antes: coisa de gênio.

Por tudo isso, é bom que se preparem quantos julgam o terceiro mandato uma violência abominável. O ovo da serpente está sendo chocado. Destruí-lo não parece tarefa fácil, ainda que possível.

Ah, sim. Violência abominável. A emenda da reeleição foi um avanço democrático.

Consolida-se entre os companheiros e afins o raciocínio de que sem o terceiro mandato o sonho de trinta anos no controle da nação não passará de oito anos.

Primeiro, trinta não é múltiplo de quatro. Trinta anos, na verdade, é o período que o Bornhausen achou que ficaria livre dessa raça (do PT). Aliás, não me consta que algum partido faça previsões de sair do poder. Por último, como disse o Mino Carta, a vontade do PT de permanecer no poder é uma novidade histórica.

A segunda pérola tem o título: "O retorno do Frankenstein":

Brasília (ALO) - Com todo o respeito para com o vice-presidente José Alencar, importa continuar demolindo a esdrúxula proposta da Constituinte Exclusiva, por ele levantada outra vez, esta semana. Trata-se, a Constituinte Exclusiva, de um defunto que pretendem ressuscitar depois de já enterrado. E tanto por motivos teóricos quanto práticos. Já denunciamos ontem que no bojo dessa convocação inusitada encontra-se não apenas a reforma política, mas a preparação para o terceiro mandato consecutivo do presidente Lula, ironicamente através extinção da reeleição e a ampliação dos mandatos presidenciais para cinco ou seis anos. Nessa hipótese, uma nova fase institucional, todo cidadão no gozo de seus direitos políticos poderia candidatar-se. Até ele.

Moral da história: a reforma política, que os políticos dizem na televisão que querem fazer, mas na hora da votação mudam de idéia, fica para segundo plano. O medo maior é o plano maquiavélico do terceiro mandato.

Meu conselho gratuito para a oposição: é melhor vocês montarem uma agenda, um plano de desenvolvimento, sei lá, qualquer coisa rapidinho. Senão, chega 2010 e vocês estão aí, com o mesmo discurso de 2006. Se quiserem saber o que acontece com quem só fica batendo, sem objetividade, sugiro entrevistarem o Alckmin. E o George Foreman.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Desintoxicação



Estou quase completando meu processo de desintoxicação da Rede Globo. Vou deixar registrado aqui. Talvez, possa ser útil para mais alguém.

1) Cortei o Jô Soares. Não foi difícil. O programa passa bem tarde, o Jô não é mais engraçado e aquele programa com as tais meninas parece uma roda de amigos, onde todos torcem pelo mesmo time.
2) Cortei o Jornal da Globo. Com a saída da Ana Paula Padrão, o nível não caiu, despencou. Ficou bastante repetitivo. Toda noite é aquela lengalenga de público é ruim e privado é bom, o peso do Estado, o déficit da previdência e mais o escândalo político da vez.
3) Cortei o Bom Dia Brasil. Também não foi difícil, pois via muito pouco. Afetava o meu humor logo de manhã. De acordo com o telejornal, estamos sempre em crise. Com viés de baixa. A economia vai mal, vai faltar energia, o gás vai ficar mais caro e a inflação vai voltar. Pelo jeito que as coisas andam, a audiência não deve estar muito alta entre os empresários.
4) Cortei o Jornal Nacional. Esse foi difícil. Era um vício. Apesar de amigos de diversas correntes já terem desistido, eu continuei durante muito tempo. Eu era daqueles que achavam que o jornal tinha melhorado, tentando se desvincular dos episódios das Diretas Já e da eleição do Collor. Resisti aos escândalos de 2005, às eleições de 2006, mas depois do acidente da TAM não deu mais.

Lá no começo eu disse quase, porque ainda faltam o futebol e a fórmula 1. Se existem jogos e corridas que são transmitidos só lá, como me livrar ? Como agüentar o Galvão ? No jogo de ontem, por exemplo, a torcida vaiou a substituição do Vágner Love. Foi nítido. Só que o narrador tratou o telespectador como imbecil e disse que a torcida aplaudiu. Felizmente, existe uma solução antiga que é adotada por muitos, inclusive pelo meu irmão. Basta desligar o som da televisão e ouvir o jogo pelo rádio. Quando conseguir isso, estarei finalmente livre dessa droga de programação.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Pequenos ajustes


Sugiro um pequeno ajuste na primeira página do Planaltão de hoje. Ao invés de "TCU vai investigar preços cobrados nos pedágios", que tal "São Paulo tem o pedágio mais caro do Brasil" ? Com certeza, chamaria mais a atenção.

E o que faz aquele texto sobre a TV Educativa do Paraná no meio de uma notícia sobre uma reforma constitucional na Venezuela ? Parece meio forçado, né ? Tira.

Tem também a "ameaça" do Ministro da Fazenda. Tudo bem que ele poderia dar uma de técnico de futebol e soltar uma "Eu não trabalho com essa hipótese". Como falou o óbvio, ganha a manchete: "Sem CPMF, governo poderá aumentar outros tributos". Aqui onde se paga 5% de ISS nos serviços e de 12% a 18% de ICMS para a grande maioria de produtos - impostos que afetam a todos - a bola da vez está nos 0,38% que só paga quem tem conta em banco.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Oh, e agora quem poderá me defender ?


Luciano Huck foi assaltado. Onde ? Em Garanhuns ? Em Brasília, em frente ao Palácio do Planalto ? Não, foi aqui em São Paulo mesmo. E fez o que todo cidadão que passa por essa situação faria. Escreveu uma carta para a Folha.
Humildemente, ele imagina que, se tivesse morrido, o governador ficaria envergonhado e o presidente em silêncio. Não há sandálias que resolvam casos assim.
Diz ele, referindo-se à cidade, que a situação está ficando indefensável. Caramba, não ficou ainda ? Nem depois daquele maio de 2006 ?
Clama pela "Tropa de Elite" e declara que esse tipo de assalto a transeuntes e motoristas poderia ser extinto em 30 dias. Isso não é candidatura para Secretário de Segurança Pública e sim para um prêmio Nobel.
Conclui dizendo que agora faz parte das estatísticas. Depende. Se elas continuarem sendo manipuladas como têm sido, pode ser que não.
Para diminuir minhas chances de entrar para as tais estatísticas, eu faço parte, desde sempre, do MSR (Movimento dos Sem Rolex).
Não que eu seja dos que adotam um certo princípio de culpabilidade da vítima, bastante usado por aqui. Agora, no show da Fiesp contra a CPMF, adivinhem quem vai ser o apresentador ?